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segunda-feira, 27 de dezembro de 2010


Ébril equilibrista da noite (Pra nós dois).


Isso é tudo o que eu tenho...
Amor líquido!
Artifício do desdenho.
Um resto de sentimento
Numa xícara morna.
Umas poucas horas
Pro amanhecer da ressaca.
Moral, banal...
Sexual talvez.
Isso já nem importa mais.
Açucares são prazeres breves
Que roubam sais minerais.
Uma meia luz,
Um som profundo de tão calmo.
Uma sombra apagada,
Sobre um antigo móvel de sala.
Misturando pensamento e álcool,
Difundindo abstração.
Mostro-me tão insano
Quanto àquele que se diz normal!
Você também é emoção,
Corpo por mim cobiçado.
Talvez quando se derrame a projeção
Esteja tudo terminado.
Oito anos, meses ou minutos
É tudo absurdo demais
Pra que se pudesse acreditar...
Que o jardim florescesse novamente.
Que os passos pudessem avançar.
Pois a cachaça...?
Invenção nobre e ingrata
Em gotas vãs, já se acabava.
Bebo todo o teu amor
Junto a uma taça mulher.
Que não me pede pra mudar
Não me cobra uma prata se quer.
E seja o que for,
Por nenhum favor,
Só me faz compartilhar.
Não me subtrai característica
Nem me obriga a ficar.
Quando o que quero é só ir.
Sem nunca ter que deixar-la sozinha.
Tão fria que às vezes me gera agonia,
Na tristeza, me converte em euforia.
Meu hálito de ódio
Esprageja sobre ti, vontades.
Meus olhos,
Não já denotam em si, coragem.
Fico assim, pé na barca
Outro no mar.
Pensamento na antiga virgem
Corpo exposto num bar!
E assim minha estratégia para sorrir
É sempre descoberta.
Assim, minha atitude indiferente
Sempre me entrega.
Pois tua presença, ausência é sentença
Que me prende num mesmo lugar.
E assim é teu rosto,
Que surge como meu horizonte “salutar”.
Por isso, é só por isso tentei, consegui...
Aprendi a me desprender de ti.
Agora sigo sem correntes,
Só vestígios de uma época “meio feliz”.
Um amor adolescente,
Afogado em bebida e lagrimas.
Uma relação adjacente,
Que até hoje sobra em palavras...
Escreve o livro do dizer um ou outro,
Sobre o que ainda está solto,
O que precisa re-acabar.
Para quem sabe um dia,
Poder re-começar.
Buscando o teu perdão,
Querendo perdoar,
Lembro-me apenas de uma vaga conversa,
Que me leva a um “quase surtar”
Delirante, confusa e pouco aberta.
Sem rumo em verdade,
Sem vírgulas nem parada certa.
Então estamos conversados...
Fica assim, cada um pro seu lado.
Sem ter mais que tomar posturas de guerra.
Eu com a minha alma e você com o seu postulado.
Pois no final...
Amor que é amor de verdade,
Não fica no caminho pela metade.
Mas se transforma em um outro sentimento,
Que terá outra validade.
Nunca saberei ou certo
O que você senti, ou sentiu por mim
Mas é assim...
E nada mais, nada menos que isso,
Como eu me sinto em relação a você...

Ass: Mamedes Júnior.

domingo, 28 de novembro de 2010

ETERNO!

Não é o fim!
Apenas recomeço.
Não é adeus,
Nem tão pouco nunca mais.
Se for pra ser assim,
Que seja até logo.
Que seja malas
Cheias de vida nova.
E não de roupas velhas.
Não é o fim!
O fim só se da uma vez.
E há quem assim acredite.
É apenas mudança,
Uma nova oportunidade
De ver o sol nascer.
De ver a lua brilhar.
A aurora e dialética
E vem para varrer o pó da preguiça.
Preguiça de acordar pro novo,
Preguiça de transforma-se em outro.
Que será sempre o mesmo,
Não o mesmo sempre.
Prata e ouro são valiosos demais
Pra se perder.
Noite e dia fazem parte
De um qualquer ser.
Não é o fim!
Não até que esse chegue
Em verdade.
E há quem chame de morte,
Outros de eternidade.


Ass: Mamedes Jr.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Ser (O que você quer...)!



Teve que jogar ácido

Até a ferida desaparecer


Teve que regar o solo do coração
Até a rosa florecer


Teve que comer imundice
Até o estomago doer


Teve que chorar de noite
Pro crepusculo amãnhecer


Teve que banhar a lingua em rancor 
Pra um novo amor nascer


Teve que se encontrar
E antes disso teve que se perder


Teve que endurecer feito pedra
Pra depois o gelo derreter


Teve que amar a mulher errada
Pra poder a paixão entender


Teve que diminuir, ao passo do milímetro
Pra depois poder crecer


Teve que degustar o mal
Pra poder o bem saber


Teve que deixar a alma adoecer
Pro fruto do espírito amadurecer


Depois de tanto,
Depois de tantas...
Já quase esmorecendo
Sem pouco a ganhar,
Sem muito a perder
Entre pré-fixos e sufixos ele foi aprendedo
Que o que queria mesmo,
Era somente... ser!




Ass: Mamedes Júnior.



segunda-feira, 8 de novembro de 2010

SUA FRUTA!



Ele me morde!
Me come
Sua fruta!
Ela me põe na boca!
Me lembe!
Me chupa!
Sua fruta!
Eles trepam na árvore,
Balança, balança
Pra lá e pra cá.
Me desfruta!
Me devora!
Sua fruta!
Pêssego aberto
Banana comprida
O primeiro lembra ela,
Em segida recebe ele.
Espera!
Deixa ele meter,
Tirar gosto com a vara.
Deleita!
Sua fruta!
Não queres rimar
Com aquela palavra
"Leviana"!
Fruta!
Verde ou madura,
Estreita, larga
Mole ou dura.
Doce ou amarga,
Fruta gostosa de comer!

Ass: Mamedes Júnior

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

MEU VERSO... INVERSO!


Queria que nascesse do útero que não tenho
O verso que inflama meu pensamento
Verso, mesmo verso
Que ateia fogo em minha cama
Que mata a fome do meu tormento
Que recalqua essa dor insana
Que sangra o lamento...
De quem odeia ou de que ama
De quem cobiça ou de quem rejeita
De quem come ou de quem vomita
De quem a-tenta ou de quem a-desista
Verso, meu verso...
Verso estério, verso atêu
Verso de Cristão, verso de Abrêu


Queria que rasgasse minhas entranhas
O verso que adoece meu sentimento
Verso, meu inverso...
Que procura a harmonia
Que de joelhos jura amor
Que excreta a agonia
Que faz do poeta um autor...
De quem cala ou de quem fala
De quem vive ou de quem morre
De quem sorri ou de quem chora
De quem seja, por ventura, humilde ou nobre
Verso, meu verso...
Verso aleijado, verso que tem cura
Verso de censura, verso tão emocionado 


A ti, choro
A ti, sorrio
A ti, amo
A ti, repúdio
A ti, canto
A ti, emudeço
A ti, meu sentir
A ti, meu agir
A ti, meu ser
A ti, meu endereço




Ass: Mamedes Júnior!




Nunca me diga eu te amo...

Isso eu não quero ouvir.

Nunca me diga eu te amo...

Amor não se diz.

Nuca me jure eternidade,

A eternidade é pouco demais.

E tudo? Tudo sempre se desfaz.

Eu prefiro não saber do futuro.

Ter um presente.

E a felicidade?

Essa tão somente se constrói.

Nunca me venda seu destino.

Pois os meus passos,

Eu nunca te darei.

Nuca me fale a verdade,

Mentiras são mais promissoras.

É engraçado! Mas não preferimos a realidade.

Não me mande flores

Se um dia elas terão de murchar.

Se não houver nelas vontade.

Por favor, nunca me diga eu te amo...

Quanto a mim, eu nunca te direi.

Quanto a mim, eu te provarei.

Ensinar-te-ei o caminho de volta a mim.

Quanto a mim, eu te amo!

Porém, eu nunca te direi.


Ass: Mamedes Júnior

segunda-feira, 1 de novembro de 2010



AMOR HIPER REAL!


Olá!
Nem sei teu nome.
Bem vestida!
Bem afeiçoada!
Belo nome!
Aperta a minha mão.
Me abraça meiamente.
Me da dois beijos,
Um em cada maçã.
Tipo estranho de aducação.


Num lugar qualquer,
Homem de diferente intenção.
Um outra mesma mulher
Méra apresentação.
E a formalidade alplaude.
E a aparência camufla a fraude.


Conversa vem,
Palavras vão.
Idéias vãs,
Pessoas sem noção..
Serei teu amigo ou inimigo,
Amado ou amante?
Não sei!
Tu também não queres saber.
Preferes a duplicata!


Fala, dança
Ollha, cala.
Tudo é festa mesmo.
Não gaste saliva com a palavra
A uma forma mais rápida!
Rasa!
Tudo perdeu o valor mesmo.
E ao chegar em casa
Chore!
Aproveite a felicidade instantânea.
Lembre-se!
Você mergulhou,
Tão raso que nem deu pra se afogar!


Ass: Mamedes Júnior.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010


Sistema Mundo...

Roubaram minhas vontades,
Comeram minhas virtudes,
Dissiparam meus sonhos.
Tudo em que acreditei,
Agora parece ser ilusório.
Converteram minhas crenças em delírios absurdos!
Em fim, tudo se tornou vão.
Tomaram minhas idéias
E deram-me em troca uma cadeira de expectador!
Assisto ao remake da realidade, 
E presumo; A situação é desesperadora!
Já que eles substituiram meus sentimentos, 
Confuso eu me rendo.
Tomaram a verdade de mim!
Ela era só minha,
O bem mais precioso que eu tinha.
Acho que morri!
Porém, se morto preciso ressuscitar,
Em corpo, espírito e mente,
E que seja urgente!


Ass: Mamedes Júnior

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

 Morte por Ela!

Vai!
Mata por ela!
Tua palavra é só misericórdia!
Cadê tua arma?
Morres-te por ela
Fim...

Ass: Mamedes Júnior

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Criatividade Não!



Acabou a criatividade!
A sombra do mesmo
Simula sol nas costas.
Penso pouco,
Logo reproduzo!
Estudo!
Mão no queixo
Pensamento longe.
Qual é mesmo o nome da estátua?
Faculdades!
Pra que tanto livro?
Xerox!
E só!
Acabou a criatividade!


Ass: Mamedes Júnior