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quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Querere’s


Eu quero algo...

E quero alguém.

Quero pouco...

E muito.

Quero água...

E comida.

Eu quero o corpo...

E quero a alma.

Quero a vida...

Viver até morrer,

Morrer de tanto viver,

Pra nascer de novo.

Quero muito...

E tão pouco

Tudo...

Tão simples.

Quero o que quase todo mundo quer...

Eu quero querer...

Quero querere’s.



Ass: Mamedes G. S. Júnior

terça-feira, 27 de dezembro de 2011


Doce Sonho Absurdo

Quando estou longe de você
Quero que o dia o mais de pressa possível acabe
Pensando em do teu lado amanhecer
Quero sessar essa saudade que me arde

Quando estou longe de você
Meu pensamento bisbilhoteiro te procura
Quero bem de leve te esquecer
Para cedo ou tarde te encontrar, poder te ter com toda força

Quando estou longe de você
Quero,tento, armo mil armadilhas para estar mais perto
Quero ser agressivo em beijos e suave em palavras
Quero para te devorar ser bicho, para te amar ser homem sincero

Quando estou longe de você
Quero ainda me afastar, dar espaço,respirar teu mesmo ar
Quero encurtar o paço, te puxar para cá, para esse meu lado
Ser com você, meio sozinho e muito bem acompanhado

Quando estou lounge de você
A distância acentua meu sentimento agudo
Cresce a vontade de quebrar tudo aquilo que alguém, por ironia, chamou de regra
Quero te instigar,reclamar teus cabelos feitos da noite e te beijar com fome
Quero nada com você,e tudo,tornar verdade esse nosso doce sonho absurdo

Ass: Mamedes G. S. Júnior

segunda-feira, 1 de agosto de 2011


SORRISO AMARELO

Poderia ser de qualquer cor
Poderia ser incolor
Feito sorriso que não se quer sorrir
Boca que não quer mais beijar
Coração que do mesmo jeito
Já não quer bater
Mãos que não querem mais tocar
Tudo poderia ser dito
Mas nunca explicado
Pra poder virar mito
Por traz do meu sorriso amarelo
Foi escondido o que não podia ser exposto
O amor, a ferida, o sentimento, o desgosto
Sob o brilho dos meus dentes alvos
Pro traz do meu sorriso amarelo

ASS: Mamedes G. S. J.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Sol de primavera

Meu sol de primavera
Meio morno de calor
Nem quadrado nem esfera
Meu sol de primavera
Meio que de qualquer estação
Passeando pela terra
Meu sol de primavera
Meio de lua
Feito gente acalma que se altera
Meu sol de primavera
De pétala e de chama
Que adoece no verão
E no inverno impera
Meu sol de primavera
Sol de sombra tímida
Sol que queima a vera
Sol de estação sincera

ASS: Mamede Júnior

domingo, 1 de maio de 2011

Minha, Teu! Teu e Minha! 


Minha sombra te pertence
Meu calar te murmura
Minha atitude te revela
Meu desvelar te insulta
Sigo sem fome então

Meu amor te perturba
Minha usura te exclui
Meu paradeiro te oculta
Minha solidão te reflete
Somos espelhos então

É que minha flor, não tem jardim!
E minha paixão, não tem mais fim!
É que meus olhos, não querem ver!
E minhas mãos, não querem mais tocar!
É que eu sou de mim mesmo então!

Ass: Mamedes Júnior.




sexta-feira, 22 de abril de 2011



Como se fosse de vidro.
Como se fosse duro, pedra.
Fechado e emotivo
Como se às vezes ferido.
Como se meu melhor amigo.
Como se meu inimigo intimo.
Como se fosse eu,
Como se fosse os outros.
Muito, fraco
Forte, tão pouco.


Sendo eu e ele
Ela e os demais.
Feito de sumidade e acalanto,
Para pertencer a critérios normais.
Como se hora fosse Notredame.
Como se hora fosse Narciso infame.
Desejado e odiado

Apaixonado, apático,
Calado, como quem não sabe dizer uma palavra.
Até que lhe dêem de comer,
Até que lhe apresentem a norma.
Até que escolha a própria forma.

Como se precisasse entender.
Como se passa-se da conta.
Pequeno, fragmentado
Enorme, tímido, sarcástico.
Louco, preso
Souto, intenso.
Feito na relação,
Constituído no tempo.


E pode-se até tentar
Mas como realmente negar,
Quem somos em verdade?
Se esse sou eu, e é você
É meu, e seu Ego.


Ass: Mamedes Júnior.

A Fome!

Sejam roupas ou egos,
Emoções ou verbos,
A fome não cansa de devorar!
Sem pressa de acabar
Nem principio básico
Para começar
A fome devora homens!
É devastadora, histérica
Sem noção da hora de parar...
E ela não quer!
Insaciável como a saliva
Que precede o prato de comida,
Inevitável como um estigma,
A fome devora sem cansar!
Come as paredes da barriga,
Bebe o mar dos pensamentos,
Cria devaneios soltos,
Dilacera sentimentos!
Carne ou concreto,
Dinheiro ou documento,
Ela devora sem querer saber!
Sem precisar entender!
A fome é de cartões de credito,
De pessoas ou de objetos.
E não sabe de nenhum “por que”.
A fome é do Édipo ou do cão,
Da alma ou do coração,
Alimentada por desejo,
Que mastiga e engole tesão!
Incitada pelo ensejo
Que vomita oração.
A fome é uma boca aberta
Na alma de quem acredita.
É uma ferida eterna
De cura paliativa.
Que dói e alivia
A fome é de tudo,
Esta em todos...
De Camões ou de comida,
A fome chega pra ficar.
Às vezes ela vai embora...
Mas sempre volta em seguida.

Ass: Mamedes Júnior

PRÓ-NOMES IMPESSOAIS 


Pró-nomes impessoais me interessa
Coisas simples me fascina
O bom senso do anormal
O bar de conversa sem obediência
O mau do mundo formal
O erro que constitui benevolência

Pró-nomes impessoais muito me interessa
Falhas típicas me encanta
A dúvida constante
O sabor do conflito
O fino véu da esperança
O prazer do pequeno delito

Pró-nomes impessoais,
Ah, pessoas comuns muito me interessa
A grandeza de suas pequenas proezas
O limite de suas pessoais sentenças
A pequenez de suas grandes atitudes
A ênfase de suas coletivas indulgências

Pró-nomes impessoais me interessa
Um alguém que na verdade,
Não pertença a ninguém
Um mundo de braços abertos
Uma vida com força
Um amor menos seleto 

Ass: Mamedes Júnior

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Autobiografia inacabada

Ele não gosta de shoppings
Não ouve musica de rádios
E não curte o lado fútil da vida nas novelas
Não se sente bem em lugares chiques
E tem ataques nervosos só de escutar
Afirmações de pessoas idiotas
Que dizem adorar a vida “Vip”...

Em botecos se sente em casa
E em casa lhe falta algo
Como a compreensão dos outros
Só bebe eventualmente
E nesses eventos gosta de se embriagar
É religioso e por incrível que pareça
Adora rezar...

Adora ficar sozinho
Mas também lhe agrada muito
Estar junto de quem ama de verdade
Tem facilidade de conhecer pessoas
E dificuldade de fazer novos amigos
Odeia falsidade escancarada
E tem pouca capacidade de adaptação
Ele é romântico, mas evita ser pegajoso
Precisa que lhe dêem atenção...

Detesta moda
E outros tipos de ditadura do comportamento
Não pensa em escrever um testamento
Por que acha que terá bem pouco pra deixar
Ama a vida
E adora admirar-se com a natureza das coisas
Mesmo que para alguns
Certas coisas não tenham tanto valor...

Encotra poesia nas coisas
Riqueza nas pessoas
Filosofia nas situações
Reflexão quando fica a toa
Ama a Deus, o mar e o céu
Dinheiro também
Mas as vezes lhe parece apenas papel
Acha impossível enxergar um lado só nas coisas
O bom ou ruin
O amor ou ódio
Talvez não ou sim
O limite e o valer a pena
Um abraço e um beijo no fim
Faz-lhe novo a daca cena antiga

Ele é contestador, duro se precisar
Hoje em dia, pensa pouco em casar
Nunca sonhou muito em ter filhos
Pois sempre pensou
No trabalho que eles iriam lhe dar
Como qualquer pessoa,
Espera um dia ser feliz
Prefere mulheres simples
E que procurem progredir
Sobre o que não tem certeza
Prefere nem insistir...


Ass: Mamedes Jr.

domingo, 13 de março de 2011

 
NEUROSE NOTURNA

Troco pedras por palavras
Vendo opiniões
Me perco entre falácias
Consumo idéias vãs

Troco condições
Por miseras alternativas
Entre noites mal dormidas
Luto por perdões

Vendo os meus olhos
Pra não ter o que contar
Corto a minha garganta
Mas só até acordar

Me confronto, contorço e deliro
Tenho febre de viver
Deito sobre cacos de vidro
Esperando um amanhecer

Devorando sensações
Sentindo o que não posso explicar
Absorvendo outras dimensões
Esperando você me libertar

 
ASS: Mamedes Júnior

quarta-feira, 9 de março de 2011



UMA OUTRA MULHER

Meu alimento
Teu Corpo
Já Não Me dá Sustento
Não Me Incita Mais Gosto

Meu Acalanto
Teu Amor
Demonstra Tão Fraco Alento
Já Não Me Traz Nenhum Sabor

Teu Ser De Menina
Virou Mulher
De Intenções
Tão Pequeninas
Fez-se ambição
Qualquer
Rica Menina
Pobre Mulher
Que Viril Ainda Te Quer?



Ass. Mamedes Junior

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010


Ébril equilibrista da noite (Pra nós dois).


Isso é tudo o que eu tenho...
Amor líquido!
Artifício do desdenho.
Um resto de sentimento
Numa xícara morna.
Umas poucas horas
Pro amanhecer da ressaca.
Moral, banal...
Sexual talvez.
Isso já nem importa mais.
Açucares são prazeres breves
Que roubam sais minerais.
Uma meia luz,
Um som profundo de tão calmo.
Uma sombra apagada,
Sobre um antigo móvel de sala.
Misturando pensamento e álcool,
Difundindo abstração.
Mostro-me tão insano
Quanto àquele que se diz normal!
Você também é emoção,
Corpo por mim cobiçado.
Talvez quando se derrame a projeção
Esteja tudo terminado.
Oito anos, meses ou minutos
É tudo absurdo demais
Pra que se pudesse acreditar...
Que o jardim florescesse novamente.
Que os passos pudessem avançar.
Pois a cachaça...?
Invenção nobre e ingrata
Em gotas vãs, já se acabava.
Bebo todo o teu amor
Junto a uma taça mulher.
Que não me pede pra mudar
Não me cobra uma prata se quer.
E seja o que for,
Por nenhum favor,
Só me faz compartilhar.
Não me subtrai característica
Nem me obriga a ficar.
Quando o que quero é só ir.
Sem nunca ter que deixar-la sozinha.
Tão fria que às vezes me gera agonia,
Na tristeza, me converte em euforia.
Meu hálito de ódio
Esprageja sobre ti, vontades.
Meus olhos,
Não já denotam em si, coragem.
Fico assim, pé na barca
Outro no mar.
Pensamento na antiga virgem
Corpo exposto num bar!
E assim minha estratégia para sorrir
É sempre descoberta.
Assim, minha atitude indiferente
Sempre me entrega.
Pois tua presença, ausência é sentença
Que me prende num mesmo lugar.
E assim é teu rosto,
Que surge como meu horizonte “salutar”.
Por isso, é só por isso tentei, consegui...
Aprendi a me desprender de ti.
Agora sigo sem correntes,
Só vestígios de uma época “meio feliz”.
Um amor adolescente,
Afogado em bebida e lagrimas.
Uma relação adjacente,
Que até hoje sobra em palavras...
Escreve o livro do dizer um ou outro,
Sobre o que ainda está solto,
O que precisa re-acabar.
Para quem sabe um dia,
Poder re-começar.
Buscando o teu perdão,
Querendo perdoar,
Lembro-me apenas de uma vaga conversa,
Que me leva a um “quase surtar”
Delirante, confusa e pouco aberta.
Sem rumo em verdade,
Sem vírgulas nem parada certa.
Então estamos conversados...
Fica assim, cada um pro seu lado.
Sem ter mais que tomar posturas de guerra.
Eu com a minha alma e você com o seu postulado.
Pois no final...
Amor que é amor de verdade,
Não fica no caminho pela metade.
Mas se transforma em um outro sentimento,
Que terá outra validade.
Nunca saberei ou certo
O que você senti, ou sentiu por mim
Mas é assim...
E nada mais, nada menos que isso,
Como eu me sinto em relação a você...

Ass: Mamedes Júnior.

domingo, 28 de novembro de 2010

ETERNO!

Não é o fim!
Apenas recomeço.
Não é adeus,
Nem tão pouco nunca mais.
Se for pra ser assim,
Que seja até logo.
Que seja malas
Cheias de vida nova.
E não de roupas velhas.
Não é o fim!
O fim só se da uma vez.
E há quem assim acredite.
É apenas mudança,
Uma nova oportunidade
De ver o sol nascer.
De ver a lua brilhar.
A aurora e dialética
E vem para varrer o pó da preguiça.
Preguiça de acordar pro novo,
Preguiça de transforma-se em outro.
Que será sempre o mesmo,
Não o mesmo sempre.
Prata e ouro são valiosos demais
Pra se perder.
Noite e dia fazem parte
De um qualquer ser.
Não é o fim!
Não até que esse chegue
Em verdade.
E há quem chame de morte,
Outros de eternidade.


Ass: Mamedes Jr.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Ser (O que você quer...)!



Teve que jogar ácido

Até a ferida desaparecer


Teve que regar o solo do coração
Até a rosa florecer


Teve que comer imundice
Até o estomago doer


Teve que chorar de noite
Pro crepusculo amãnhecer


Teve que banhar a lingua em rancor 
Pra um novo amor nascer


Teve que se encontrar
E antes disso teve que se perder


Teve que endurecer feito pedra
Pra depois o gelo derreter


Teve que amar a mulher errada
Pra poder a paixão entender


Teve que diminuir, ao passo do milímetro
Pra depois poder crecer


Teve que degustar o mal
Pra poder o bem saber


Teve que deixar a alma adoecer
Pro fruto do espírito amadurecer


Depois de tanto,
Depois de tantas...
Já quase esmorecendo
Sem pouco a ganhar,
Sem muito a perder
Entre pré-fixos e sufixos ele foi aprendedo
Que o que queria mesmo,
Era somente... ser!




Ass: Mamedes Júnior.



segunda-feira, 8 de novembro de 2010

SUA FRUTA!



Ele me morde!
Me come
Sua fruta!
Ela me põe na boca!
Me lembe!
Me chupa!
Sua fruta!
Eles trepam na árvore,
Balança, balança
Pra lá e pra cá.
Me desfruta!
Me devora!
Sua fruta!
Pêssego aberto
Banana comprida
O primeiro lembra ela,
Em segida recebe ele.
Espera!
Deixa ele meter,
Tirar gosto com a vara.
Deleita!
Sua fruta!
Não queres rimar
Com aquela palavra
"Leviana"!
Fruta!
Verde ou madura,
Estreita, larga
Mole ou dura.
Doce ou amarga,
Fruta gostosa de comer!

Ass: Mamedes Júnior

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

MEU VERSO... INVERSO!


Queria que nascesse do útero que não tenho
O verso que inflama meu pensamento
Verso, mesmo verso
Que ateia fogo em minha cama
Que mata a fome do meu tormento
Que recalqua essa dor insana
Que sangra o lamento...
De quem odeia ou de que ama
De quem cobiça ou de quem rejeita
De quem come ou de quem vomita
De quem a-tenta ou de quem a-desista
Verso, meu verso...
Verso estério, verso atêu
Verso de Cristão, verso de Abrêu


Queria que rasgasse minhas entranhas
O verso que adoece meu sentimento
Verso, meu inverso...
Que procura a harmonia
Que de joelhos jura amor
Que excreta a agonia
Que faz do poeta um autor...
De quem cala ou de quem fala
De quem vive ou de quem morre
De quem sorri ou de quem chora
De quem seja, por ventura, humilde ou nobre
Verso, meu verso...
Verso aleijado, verso que tem cura
Verso de censura, verso tão emocionado 


A ti, choro
A ti, sorrio
A ti, amo
A ti, repúdio
A ti, canto
A ti, emudeço
A ti, meu sentir
A ti, meu agir
A ti, meu ser
A ti, meu endereço




Ass: Mamedes Júnior!