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quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Criatividade Não!



Acabou a criatividade!
A sombra do mesmo
Simula sol nas costas.
Penso pouco,
Logo reproduzo!
Estudo!
Mão no queixo
Pensamento longe.
Qual é mesmo o nome da estátua?
Faculdades!
Pra que tanto livro?
Xerox!
E só!
Acabou a criatividade!


Ass: Mamedes Júnior

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Flores pra Você



Trago flores pra você.
Não mais armas.
Só flores...
Flores pra você.
Deixemos de lado a guerra,
Deixemos de lado as ordens.
Eu quero lhe mandar flores.
Quero que deseje paz.
Quero desejar paz.
Flores pra você...
Flores eu quero lhe dar.
Vermelhas como paixão,
Brancas como pazes,
Amarelas como amizade.
Em qualquer estação,
Eu quero que o nosso jardim floresça.

Ass: Mamedes Jr.

A Mulher do Sonho (Psicodélica)

Ela me chamou bem cedo
Pra que mais tarde, eu saísse de casa.
Ela me mostrou uma longa escada
Que transpassava o céu,
E ia até o fim das nuvens escuras.

Ela sujou minha boca de fel,
E me disse coisas absurdas.
Pra que entre os soluços do meu choro
Eu logo pudesse me transformar.
Pra que eu pudesse insultar
O meu antigo eu e mandá-lo embora.

Ela me deu um ardente consolo
E me mandou agilizar o amanhecer.
Me disse que vodka é forte
Mas às vezes ajudar a entender,
 A acidez do sentimento
Os sólidos cristais da mente.

Ela levantou a saia,
E irradiando um golpe rápido
Me ofuscou a cara
Com aquele elemento sádico
Que me agradara devorar.

Ela me deu a mão e o mundo
Tudo ao mesmo tempo.
Num biscuit colorido e sem fundo,
Que jorrava vida
E aprisionava meus medos.

Ela fez e desfez de mim!
Foi-se e voltou logo em seguida!
Me fez um pequeno favor,
E fugiu...
Sem rastros nem feridas
Clandestina e sem pudor!
E o choque!
Acordei de manhã e pasmo percebi...
Você é um sonho!
Melado, interrompido e atordoado,
Eu não queria acordar.

Ass: Mamedes Júnior.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Ego!

Como se fosse de vidro.
Como se fosse duro, pedra.
Fechado e emotivo
Como se às vezes ferido.
Como se meu amigo.
Como se meu inimigo intimo.
Como se fosse eu,
Como se fosse os outros.
Muito, fraco
Forte, tão pouco.
Sendo eu e ele
Ela e os demais.
Feito de sumidade e acalento,
Para pertencer a critérios normais.
Como se hora fosse notredame.
Como se hora fosse narciso infame.
Desejado e odiado
Calado, como quem não sabe dizer uma palavra.
Até que lhe dêem de comer,
Até que lhe apresentem a forma.
Como se precisasse entender.
Como se passa-se da conta.
Pequeno, fragmentado
Enorme, tímido, sarcástico.
Louco, preso
Souto, intenso.
Feito na situação,
Constituido no tempo.
Sou eu e é você
É meu, e seu Ego.

Ass: Mamedes Júnior.

Ser Show

Ser Show

Me ver com seus olhos
E saber como eu sou
Ser ires e cor
Na busca do ser
A flor desabroxa
Meu natural show...
O canal afroxa
Nasce então...

 
Ass: Mamedes Júnior

Ela de Antítese

Flor e espinho.
Era águas de Capibaribe, o mais puro vinho.
Ela era um mundo colorido, de fantasia e delírio.
Puro sufoco, toda alivio.
Alimentava-se de sonhos, vivia pesadelos.
Não era tão somente fúria como diziam ser,
Era também branda e silenciosa, linda como a rosa.
Ela era transparente, fina como o cristal,
Era ofegante, bruta como o diamante.
Era fogo e lagrima,
Estrela e verdade.
Era minha e sua dele ou dela sem ser de ninguém.
Nascida da pureza pra virar outro alguém.
Era assim, plena e incompleta ao mesmo tempo.
Solitaria na estrada da antítese,
Amada e odiada, chorada e festejada.

Ass: Mamedes Júnior.



segunda-feira, 18 de outubro de 2010

RECOMEÇO

Choveu sobre mim
Dias e dias de tristeza
Lagrimas de chuva
Lembrei do verão passado,
Pensei no que nunca tinha pensado,
Tive saudades do que nunca antes tinha feito
Refleti sobre os defeitos da vida,
As virtudes de um certo caráter.
Olhei ao fundo do horizonte opaco
E nada enxerguei sobre mim.
Sobre você talvez... Marca do passado.
Somente o sopro do vento
E a sombra mórbida de memórias destorcidas.
Vi o sorriso do sol raiar na boca das montanhas
E o bocejo da lua deixar cair o denso véu da noite.
Dormindo tantas vezes ao relento de mim,
E tão poucas vezes sobre o odre de tua casa.
Me perdi no açoite da vida.
Vi a minha sina ser parida
E abortada em um mesmo ventre.
Chuvas de tristeza passaram sobre mim
Regaram meu espírito,
Florescendo hora vingança,
Hora compaixão.
Esperando a próxima colheita
De um ser ainda estério
Fertilizando mudanças.
Chuvas de tristeza passaram sobre mim
Encharcaram minha alma
Misturando-se com lagrimas
O sal que cicatriza as feridas
E promove o recomeço...