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sexta-feira, 22 de abril de 2011


A Fome!

Sejam roupas ou egos,
Emoções ou verbos,
A fome não cansa de devorar!
Sem pressa de acabar
Nem principio básico
Para começar
A fome devora homens!
É devastadora, histérica
Sem noção da hora de parar...
E ela não quer!
Insaciável como a saliva
Que precede o prato de comida,
Inevitável como um estigma,
A fome devora sem cansar!
Come as paredes da barriga,
Bebe o mar dos pensamentos,
Cria devaneios soltos,
Dilacera sentimentos!
Carne ou concreto,
Dinheiro ou documento,
Ela devora sem querer saber!
Sem precisar entender!
A fome é de cartões de credito,
De pessoas ou de objetos.
E não sabe de nenhum “por que”.
A fome é do Édipo ou do cão,
Da alma ou do coração,
Alimentada por desejo,
Que mastiga e engole tesão!
Incitada pelo ensejo
Que vomita oração.
A fome é uma boca aberta
Na alma de quem acredita.
É uma ferida eterna
De cura paliativa.
Que dói e alivia
A fome é de tudo,
Esta em todos...
De Camões ou de comida,
A fome chega pra ficar.
Às vezes ela vai embora...
Mas sempre volta em seguida.

Ass: Mamedes Júnior

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